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Obesidade Sarcopênica: Quando o Excesso de Gordura Esconde a Perda Muscular Silenciosa

Muito se fala em obesidade, mas pouco se discute sobre sua face mais silenciosa e perigosa: a obesidade sarcopênica. Essa condição clínica representa a coexistência de dois processos degenerativos — o acúmulo excessivo de gordura corporal e a perda progressiva de massa muscular esquelética.

Embora frequentemente negligenciada, a obesidade sarcopênica amplifica os riscos metabólicos e neurológicos, aumentando de forma expressiva a resistência à insulina, a inflamação crônica de baixo grau, o declínio funcional e o comprometimento cognitivo.



Estudos recentes têm reforçado que:

  • A obesidade na meia-idade está associada a um aumento de 74% no risco de desenvolvimento de demência, sendo considerada um fator crucial de prevenção em doenças neurodegenerativas;

  • A projeção global é preocupante: até 2030, mais de 65 milhões de pessoas serão diagnosticadas com demência, número que pode ultrapassar 131 milhões até 2050;

  • As mulheres são mais vulneráveis à obesidade sarcopênica, especialmente no período pós-menopausa, o que coincide com o aumento do risco de Alzheimer.

Essa relação entre obesidade, sarcopenia e declínio neurológico é sustentada por uma base fisiopatológica robusta: a inflamação crônica, a resistência à insulina no SNC, o aumento da atrofia cortical e a redução da densidade sináptica.

Como abordar essa condição de forma estratégica?

A boa notícia é que a obesidade sarcopênica pode ser prevenida — e, em muitos casos, revertida — com estratégias integrativas e baseadas em evidências:

✔️ Treinamento físico combinado: exercícios aeróbicos e, principalmente, resistidos têm impacto direto na preservação muscular e na sensibilidade insulínica. ✔️ Crononutrição: o alinhamento da alimentação ao ritmo circadiano melhora a resposta hormonal e inflamatória. ✔️ Dieta anti-inflamatória personalizada: com adequação proteica (incluindo leucina, HMB, triptofano e vitamina D), visando neuroproteção e manutenção da massa magra.

Na minha prática clínica, utilizo uma abordagem personalizada e profunda: além da avaliação corporal por bioimpedância de 4ª geração, realizamos testes de força muscular e risco de sarcopenia — fundamentais para um diagnóstico funcional completo.

Se você está acima do peso ideal e percebe perda de força, fadiga e piora da cognição, isso pode ser mais do que cansaço. Pode ser o início de um quadro de obesidade sarcopênica — e quanto antes for tratado, melhores os resultados clínicos e neurológicos.

O conhecimento certo transforma. Dra. Patricia Jesus, PhD

Nutrição Clínica especializada desde 2012 | CRN12100086

Neuropsiquiatria | Medicina do Estilo de VidaConsultoria Presencial no RJ e On-line


Referências:

  • Copeland, J.L. et al. The Journal of Physiology, 2025. DOI: 10.1113/JP288032

  • Booranasuksakul, U. et al. Nutrition Bulletin, 2025. DOI: 10.1111/nbu.12725

 
 
 

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