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Simples desequilíbrio de força de vontade ou um problema de porções mal controladas?

Ainda que a obesidade seja reconhecida há anos como uma doença crônica, ela segue sendo tratada, em muitos contextos, como se fosse um simples desequilíbrio de força de vontade ou um problema de porções mal controladas.

Mas a literatura científica contemporânea nos convida — quase nos obriga — a ir além do reducionismo.


Um artigo robusto, publicado recentemente pelo Methodist DeBakey Cardiovascular Journal (2025), apresentou uma revisão técnica e integrativa sobre as estratégias mais eficazes para o manejo clínico da obesidade. E sua principal mensagem é clara: a intervenção efetiva exige a sinergia entre três pilares fundamentais:

  • Nutrição estratégica baseada em evidências

  • Movimento como regulador neuroendócrino

  • Terapia comportamental profunda e não-negociável

Vamos entender, em detalhes, como essas frentes atuam no metabolismo e na saúde global do paciente.






🧠 Nutrição: Muito além de plano alimentar

Nutrição é arquitetura bioquímica — não um protocolo genérico. O artigo revisa as evidências associadas a diferentes padrões alimentares, todos com respaldo robusto:

Dieta MediterrâneaRica em fibras fermentáveis, polifenóis e ácidos graxos monoinsaturados, atua diretamente na diversidade da microbiota intestinal, na redução da inflamação subclínica e na preservação vascular.

Estratégias Low Carb ou FastingQuando bem indicadas, essas abordagens favorecem a melhora da sensibilidade à insulina e a redução de marcadores inflamatórios. No entanto, aplicadas de forma indiscriminada, podem gerar desequilíbrios nutricionais e metabólicos.

Abordagens Plant-Based equilibradasDemonstram impacto positivo na saúde cardiovascular e no perfil lipídico, desde que haja atenção à densidade nutricional, ao estado inflamatório e às necessidades proteicas do paciente.

Conclusão: a alimentação precisa ser adaptada ao paciente, e não o contrário.


🏃 Movimento: Estratégia neuroendócrina, não estética

O exercício não serve apenas para “gastar calorias”. Ele atua como regulador metabólico profundo. Segundo o artigo, seus efeitos incluem:

✔ Modulação de adipocinas e mioquinas com ação anti-inflamatória✔ Estímulo à síntese de neurotransmissores como dopamina e endorfinas✔ Preservação de massa magra e melhora da sensibilidade à insulina✔ Redução da mortalidade — mesmo sem perda de peso significativa

💡 O movimento, portanto, não é opcional. É ferramenta de longevidade.


🧘 Terapia Comportamental: O pilar negligenciado

A maioria dos pacientes com obesidade já tentou inúmeras dietas. O problema não é a falta de conhecimento técnico — é o histórico de frustração, a sobrecarga emocional, os traumas silenciosos e o estresse crônico.


O artigo ressalta a importância da psicoterapia, da consciência alimentar e de estratégias de autorregulação como parte essencial da terapêutica. Aspectos como:

  • Qualidade e duração do sono

  • Hiperestimulação dopaminérgica

  • Repertório emocional

  • Relação familiar com a comida

Não são obstáculos. São o ponto de partida para o sucesso clínico.


E na prática?

Na minha consultoria, aplico essas diretrizes com profundidade, e não com fórmulas prontas.


Isso significa:

🔬 Avaliação bioquímica e comportamental avançada

📊 Nutrição de precisão orientada ao estado neuroendócrino

📥 Encaminhamento qualificado quando necessário — porque saúde é interdisciplinar


Se você sente que chegou o momento de fazer diferente, minha equipe está pronta para te acolher com estratégia, evidência e escuta real.


O conhecimento certo transforma.

Dra. Patricia Jesus, PhD

Nutrição Clínica especializada desde 2012 | CRN12100086

Neuropsiquiatria | Medicina do Estilo de Vida

Consultoria presencial no RJ e on-line para todo o mundo


Referência: PATTAN, V. et al. Strategies to manage obesity: Lifestyle. Methodist DeBakey Cardiovascular Journal, 2025, 21(2):151–160. https://doi.org/10.14797/mdcvj-21-2-1510

 
 
 

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